São Paulo - O mercado de iates de luxo no Brasil está pronto para navegar mais longe. É o que a Azimut Yatchs, empresa italiana, acredita – e ela investe alto nessa crença.
"Com o amadurecimento do mercado náutico, é natural que os clientes busquem barcos maiores e mais sofisticados", afirmou Davide Breviglieri, presidente da Azimut no Brasil.
Depois de um aumento de capital de R$ 70 milhões, ela irá ampliar a fábrica em mais de 5 mil metros quadrados para fabricar os maiores iates da marca que já navegaram águas brasileiras.
O Azimut Grande 95RPH custará R$ 45 milhões. Veja detalhes nas imagens acima.
Apesar do preço altíssimo, já há dois interessados em adquirir o modelo. "O mercado de iates de luxo funciona com uma lógica um pouco diferente", afirma o presidente.
O segmento de barcos menores, 30 a 40 pés e que navegam em águas doces, foi o que mais amargou com a crise econômica.
Já os setores mais luxuosos são menos atingidos. Por enquanto ainda há poucas empresas que atendem esse público e a Azimut quer dominar esse nicho.
A fabricação do megaiate precisa ser nacional, já que o dólar valorizado torna a importação de um navio desse porte praticamente impossível, diz Breviglieri.
O câmbio, no entanto, traz uma grande vantagem para a companhia. A fábrica no Brasil, que é a única controlada pela companhia fora da Itália, terá potencial para exportação.
"Queremos exportar para os mercados dos Estados Unidos e Caribe, os maiores do mundo", segundo o presidente. A empresa já exporta 100 barcos para esse mercado de suas fábricas na Itália, Brasil e uma joint venture na Turquia.
Esse ano, o faturamento da companhia deve crescer 20% no Brasil, principalmente por conta do aumento de exportações. Globalmente, ela deve expandir de 10% a 15% em 2016. Em 2015, o valor de produção foi de R$ 2,72 bilhões.
Foram contratados 170 novos funcionários para a produção dos megaiates. Eles irão para a Itália receber o treinamento específico para esse modelo, uma vez que grande parte da produção é manual.
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